Dia Nacional do Doente com AVC
O Dia Nacional do Doente com AVC, assinalado a 31 de março, surge como a oportunidade essencial para sensibilizar a população sobre os desafios e consequências enfrentados pelos milhares de portuguesesque, todos os anos, são surpreendidos por esta doença. Estima-se que todos os anos cerca de 12 milhões de pessoas em todo o mundo sofrem um AVC, fazendo desta doença uma das principais causas de invalidez e morte. Perante esta realidade, é essencial destacar a importância da prevenção, reconhecimento precoce dos sintomas e acesso rápido a tratamentos adequados para reduzir as sequelas e salvar vidas.
Um AVC resulta da lesão das células cerebrais que morrem ou deixam de funcionar sendo a principal causa de morte em Portugal. Podem ocorrer de duas formas denominando-se de AVC isquémico e AVC hemorrágico. O AVC isquémico surge pela ausência de oxigénio e nutrientes na sequência de um bloqueio do fluxo sanguíneo e o AVC hemorrágico ocorre quando há rompimento de uma artéria.
As células do cérebro morrem pouco tempo depois do AVC e, por isso, é importante agir rapidamente para minimizar as lesões causadas.
Outra forma de AVC é o AIT (Acidente isquémico transitório) de duração mais reduzida sendo que o entupimento da artéria cerebral é momentâneo. No entanto, é importante ir ao hospital porque pode ser um sinal de um AVC com maiores consequências.
Geralmente, reconhecer um AVC é simples tendo em conta os sintomas que surgem quase de imediato. Para isto, pode-se recorrer à regra dos 5F’s: Face (a face pode ficar assimétrica de uma forma súbita, parecendo um “canto da boca” ou uma das pálpebras estarem descaídos), Força (é comum um braço ou uma perna perderem subitamente a força ou ocorrer uma súbita falta de equilíbrio), Fala (a fala pode parecer estranha ou incompreensível e o discurso não fazer sentido), Falta de visão súbita (a perda súbita de visão, de um ou de ambos os olhos, bem como a visão dupla), Forte dor de cabeça (é importante valorizar uma dor de cabeça súbita e muito intensa e sem causa aparente).
Como resultado disto, o utente com AVC, pode ficar com várias funções afetadas como a mobilidade, a comunicação, as emoções, o raciocínio e o pensamento.
Os fatores de risco são numerosos, desde a diabetes, hipertensão arterial, colesterol, obesidade, sedentarismo, arritmias, consumo de tabaco e álcool. Há outros fatores também, mas que não são controláveis como a idade, o género e a genética.
Para o tratamento e prevenção recorre-se normalmente a medicamentos para melhorar o aporte de sangue, oxigénio e nutrientes às células cerebrais. No entanto, em alguns casos pode ser necessário recorrer a cirurgia para desbloquear a artéria entupida.
Outros aspetos importantes na recuperação de um AVC passam pela fisioterapia e alteração do estilo de vida. É importante ter em atenção a tensão arterial e o colesterol, não fumar, não consumir álcool e sal em excesso e praticar exercício físico regularmente.
A recuperação depende da localização e extensão do AVC e do tempo decorrido sendo importante recorrer de imediato ao hospital quando há suspeita de AVC. Mesmo assim, a recuperação demora algum tempo. Cerca de um terço dos utentes recupera no primeiro mês de forma significativa, mas muitos utentes apresentam sequelas ao longo do tempo.
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